1 de setembro de 2003

TRÍPLICE FRONTEIRA: URUGUAIANA É A MAIOR

TRÍPLICE FRONTEIRA: URUGUAIANA É A MAIOR

É mais um vício da imprensa: quando falam em triplice fronteira, todos os telejornais correm para Foz de Iguaçu. Esquecem que existe uma tríplice fronteira (Brasil, Uruguai, Argentina) muito mais importante. Vejam o que diz o Diário da Fronteira, de Uruguaiana, reproduzida no imprescindível www.portaluruguaiana.com.br:

O ponto rodo-ferroviário de Uruguaiana é o mais importante do Brasil e o movimento comercial sobre rodas aqui existente é dois terços maior do que o de Foz do lguaçu. Ao revelar esse dado na palestra que fez quinta-feira (28) na Câmara de Vereadores de Uruguaiana, o delegado da Receita Federal, Josemar Dalsáchio, enfatizou que o movimento portuário local é uma das maiores indústrias do Estado, no setor da prestação de serviços. Ele revelou também que a atividade na área da Ponte Internacional Uruguaiana/Paso de Los Libres tem a participação direta de quatro mil pessoas e que o envolvimento indireto de outros profissionais "é algo incomensurável".
Enfatizando que o comércio exportador e importador de mercadorias é seguramente o maior segmento econômico do município, Dalsóchio revela que por esta fronteira passa cerca de 5% de todo o comércio exterior brasileiro, só perdendo em movimentação para o porto de Santos, que detém 22% das exportações. Uruguaiana compete em pé de igualdade com os portos de Vitória, no Espírito Santo, e do Rio de Janeiro e ainda com os aeroportos de Guarulhos e Campinas.
Depois de registrar que a movimentação no porto rodoviário local apresenta crescimento médio de 10% ao ano, ao contrário de outros recintos alfandegários do país. "Uruguaiana apresentou crescimento contínuo, mesmo nos momentos de crise mais aguda". Dalsóchio registrou que vêm aumentando as exportações para o Chile, que já responde por 35% da movimentação de mercadorias no porto local, ficando 10% por conta do Uruguai e outros países e os restantes 55% com a Argentina. Desse movimento, de 30 a 35% correspondem a cargas perigosas, assunto que Dalsóchio gostaria de ver tratado com maior conhecimento de causa, "evitando-se opiniões nem sempre embasadas por critérios técnicos".

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