16 de janeiro de 2009

BIGBROTHER: A CEREJA DO BOLO


O programa da Globo Bigbrother Brasil não é apenas a representação de pessoas que não prestam e que são prostituídas para mostrar tetas encimadas por chapéus de caubóis, ou bundões sarados rebolando ao som de algum miserê musical. O Bigbrother é a pedra de toque de destruição do Brasil, porque representa um povo inútil, melequento, atirado, podre, triste e sacana. E não representa apenas pelo que mostra, mas pelo que prova: quando a população se liga nessa baixaria, significa que o povo brasileiro gosta disso mesmo, ou seja, cada povo tem as peruas e os bobalhões que merecem. E o mestre de cerimônias que o sucateamento cultural oferece.

Pode-se argumentar: mas o modelo existe em todo mundo! Só que no estrangeiro isso é feito com as sobras (tem idiota em qualquer lugar) , não ocupa o centro, como aqui. E por que ocupa o centro? Porque é veiculado em horário nobre pela mais poderosa rede de manipulação de consciências. A Globo, ao pegar bonito e claro em qualquer ermo ou rincão, subjuga a percepção e impõe o tipo de coisa que pretende mostrar e provar. Mas a culpa não é só dela.

A Globo faz parte do sistema perverso que mostra o rebolado da Iaiá para gringo ver enquanto facínoras armados penetram no país pelos fundilhos. Na mídia, é um espanto. Depois de os veículos de comunicação e seus arautos celebrarem a ciranda financeira por mais de uma década, eis que agora eles se voltam novamente contra os cidadãos e pretendem ensinar a não serem patos, como diz a capa atual de Veja. Não pague o mico, seja esperto, aqui mostramos como.

Faz parte. A nova Condoleezza, a Hillary Clinton, disse que os EUA precisam exercer o smart power, o poder esperto, que junte tudo, desde merda em pó até bomba nuclear. É de uma esperteza sem fim. Trouxas somos nós, que acreditamos em pessoas alfabetizadas e ficamos pasmos ao ver o atual governo libertar um assassino condenado na Itália, com o rei da cocada preta, o ministrão das leis, vir justificar seu ato falho. Esse é o tipo de gente que nos governa e que está por toda parte, de braços cruzados.

Depois querem gastar os tubos em campanhas de marketing milionárias. Porra, vão cavar trincheira de esgoto, vão fazer obras, vão pintar as escolas, vão caçar bandido, tem tanta coisa para fazer. Mas nada fazemos porque ficamos de olho no Bigbrother para ver se a gostosona vai dar mesmo na hora do escurinho. No programa oficial do PSTU, veiculado um pouco antes do Jornal Nacional, o partido alerta para a sacanagem de quem ganhou trilhões na hora das vacas gordas e agora querem demitir, cortar jornada de trabalho, cortar salário, flexibilizar lei trabalhista. Eles querem flexibilizar as leis trabalhistas, até hoje o único programa real de distribuição de renda do Brasil, criado e mantido por Getulio Vargas à custa da própria vida. Querem flexibilizar porque possuem o rabo flexível.

Com o buzanfan flexível, eles podem dar a torto e a direito. Rebolar diante da câmaras. Morder os lábios na hora de dançar, levantando os bracinhos e fechando os óio para todo mundo ver. É que não querem acreditar em Antonio das Mortes, em Deus e o Diabo na Terra do Sol, a absoluta obra-prima de Glauber Rocha, que dizia: “Ainda vai ter uma guerra grande neste sertão”. Aí, em vez de rebolar, todo mundo vai acordar para o óbvio: a de que estamos cagando miudinho, enquanto eles gargalham. Somos o play-ground dessa canalha.

RETORNO - Imagem desta edição: Glauber Rocha, que jamais é programado na televisão aberta brasileira. Escutem o que o cara está dizendo!

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