10 de abril de 2009

BAÚS DA MEMÓRIA



Nesta sexta-feira da Paixão, o jornalista Cesar Valente fez uma brincadeira com os termos religiosos para desencavar fotos e fatos do baú que ele guardava. Digo guardava pois as memórias estão recorrentes nos blogs catarinenses desde que publiquei a agora clássica e antológica foto da equipe original do Jornal de Santa Catarina (publicada pela primeira vez no próprio JSC por ocasião do lançamento do meu livro Outubro em 1976, numa matéria do jornalista José Rodrigues). Memória é arte prazerosoa e infinita, pois sempre tem alguma coisa guardada.

A foto acima, por exemplo. Um flagrante na redação do jornal O Estado, que inaugurava suas máquinas off-set e convidara Jorge Escosteguy para ser editor de Nacional e Internacional. Escosteguy me chamou para ser seu redator e é nessa atividade que me encontro na imagem acima. Na redação liderada por Marcílio Medeiros, Filho, fazíamos o melhor jornal possível, limitados por inúmeras contingências. Foto que o Cesar Valente guardava para uma ocasião como esta. O que não dá para aguentar é a cara de felicidade do sujeito folheando um jornal. De que ria o rapaz?

A seguir, o post do blog de Cesar Valente, De olho na Capital:

DIRETO DA SACRISTIA

Cesar Valente


"O irmão Nei Duclós tem revirado seu baú de lembranças da década de 70 e publicou algumas fotos e fatos relativos à turma de jornalistas que implantou o Jornal de Santa Catarina. E citou expressamente dois apóstolos daquela época que ficaram na ilha até hoje. O bispo Mário Medaglia e o monsenhor Paulo Brito, que por sua vez citaram as escrituras de Duclós em seus sermões, criando um círculo virtuoso que é oportuno lembrar num dia santificado.

Eu não estava entre os gaúchos que implantaram o Santa, nem entre os gaúchos que, poucos meses depois, vieram para Florianópolis implantar a nova fase do jornal O Estado, porque não sou gaúcho. Mas estava entre os sacristãos catarinenses que ajudaram a missa em off-set de O Estado, desde a primeira hora.

E também tenho um baú de guardados, que começo a examinar. Achei, pra começo de conversa, duas fotos muito interessantes, de minha própria lavra e apropriadas para um dia de orações e jejum.

Este jovem de longos cabelos, enquadrado numa moldura pop (o teclado desfocado de uma máquina de escrever) é o poeta quando jovem. Ninguém menos que o irmão Nei Duclós, na redação do mais antigo. Apesar da má qualidade da foto e de sua digitalização, vêem-se as moderníssimas cadeiras de madeira moldada, que faziam a felicidade de nossos derrières.



Este outro jovem, que aparentemente estava lendo o breviário, é Mauro Júlio Amorim, manezinho, cronista de mundanidades, apresentador de TV, observador da cena artística, amigo de nove entre dez celebridades do teatro nacional. E, ao fundo, desfocado, Pinóquio… não, não, brincadeira, não é ninguém de nariz comprido, aquilo é apenas uma sombra malévola. Aquele é o Renan Ruiz, diagramador, da turma do Santa que veio para O Estado.

A propósito das lembranças do Nei, caso ainda não tenham visto, dêem uma lida no texto em que ele revisita a história do robô da Fainco."

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