15 de abril de 2010

APRENDIZES DE FEITICEIRO


Um terremoto por dia, mar revolto onde a água era calma, vulcão na Islândia: o que falta para entender que o uso da máquina de provocar sismos e a evolução das armas climáticas fazem parte de uma política de terra arrasada, dentro dos princípios da economia da Catástrofe, apontada pela jornalista canadense Naomi Klein? Os responsáveis querem menos gente na terra e mais lucro, por isso promoveram o genocídio do Haiti, o que foi muito bom para os negócios, como prova o comportamento americano depois do massacre, em que Bush limpa as mãos na camisa de Clinton para ficar livre da contaminação, pois tinha acabado de apertar a mão de um “nativo”. Enquanto isso, o Exército brasileiro exerce a função de polícia e assistente social no território conflagrado.

O problema é que o excesso de eventos escapa do controle dos próprios aprendizes de feiticeiro, que ganharam de troco o terremoto do Chile e agora o da China, entre outras calamidades. As ondas emitidas para provocar o estrago são infinitas e se comportam, depois de um primeiro impulso de obediência, de maneira imprevisível. Não me venha com bocejos de teoria de conspiração e preste atenção no mar carioca de ondas altíssimas, e nas ressacas além da conta por toda costa brasileira, como se tsunami fosse uma impossibilidade entre nós.

Falar em armas climáticas é péssimo para os negócios. Como os americanos poderiam posar de politicamente corretos sem a teoria do aquecimento global, que coloca a culpa na humanidade poluidora e não nos governos que poluem tudo? Se for admitido que é o Haarp, a bomba eletromagnética que está fazendo o serviço, como é que James Cameron vai posar de mensageiro do Bem ao lado de sua na´vi favorita, a candidata Marina Silva, que se identificou com os povos da floresta de Avatar, os que possuem rabo de macaco e focinho de fera, o que está claro para quem viu o filme e não apenas dele ouviu falar?

Há uma indústria do aquecimento global, essa sim uma teoria fake de conspiração, que aquece os coraçõezinhos culpados e faz todo mundo querer o Bem enquanto são carregados nos ombros por súcias de bandidos? Se existe um grupo determinado a destruir o que resta do Terceiro Mundo provocando todo tipo de catástrofe encarada como “natural” então cai por terra essa movimentação, os jogos teóricos, os apertos de mão, os abraços e as mensagens politicamente corretas que infestam a mídia como uma avalanche de mentiras.

Mas vai dizer isso nas fuças da máfia e de seus inocentes úteis, vai. Eles te enquadram e continuam insistindo no Mesmo, porque assim é que é gostoso, se convencer de uma coisa e ficar nela para sempre, até que tudo se exploda e a culpa seja atribuída ao cidadão que, desesperado, se suicida nas estradas, se entope de junk food por falta de opção ou simplesmente sucumbe numa espiral de horrores num mercado de trabalho onde tudo está devidamente focado na subjugação do talento (esse mistério da sabedoria) e na desmoralização da ética por meio do catecismo de araque da auto-ajuda e das consultorias de terno e gravata.

Talvez os caras que promovem as calamidades estejam esperando que a onda passe e se dilua no cosmo para começar tudo de novo. Ou então estão mesmo promovendo cada barbaridade assistida por nossos sentidos em pânico. Nascidos para matar, os verdadeiros assassinos se travestem de sistema oficial que finge se importar com o futuro do mundo. Eles querem que todos morram. Deve ser gostoso destruir o próximo e gargalhar diante das inúteis insurreições que pipocam pelo mundo.

Mas chega uma hora que o aprendiz de feiticeiro poderá ser engolido pela própria mágica. Basta que as vítimas se dêem conta do truque e reajam à altura, em conjunto com a disposição de vencer. Mas que essa disposição não vire mais uma carta marcada do universo político que sabe transformar a revolta em mercadoria.

RETORNO - Imagem desta ediição: Walt Disney sabia de tudo.

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