4 de outubro de 2011

DESENLACE


Nei Duclós

Nada ficou do amor, minha viagem
que encarei sozinho no convés
por um tempo pensei que o vento breve
pudesse inventar o que não tens

Mas me enganei, pareceu óbvio
tua fuga permanente dos meus bens
paixão e sonho, mas sem a mocidade
força perdida de um deposto rei

Evitas o querer e isso a noite em claro
decide por mim, mais do que um não
Ausência é um traste na felicidade

Foi por outro motivo o desenlace
o fim da promessa sem registro
Foi traída a esperança por capricho


RETORNO - Imagem desta edição: Infinito, obra de Carolina Menapace.

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