15 de novembro de 2011

HORIZONTE


Nei Duclós

Agora venha comigo, meu segredo
é longe demais, mas não te espanta
portos conhecidos no cruzeiro
ficaram para trás e estamos prontos

A solidão é o que temos pela frente
Morando entre varandas e a cerca
o fruto confinado em confidências
o amor que arrebata e cumpre pena

Saber é sabor, pele em cachoeira
que levamos no esplendor da boca
indizível acervo de uma vida plena

Por que fugir assim se o pior castigo,
o de viver sofrendo, já foi feito? É que
montei casa no horizonte, minha deusa



RETORNO – Imagem de hoje: obra de William Bouguereau

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