20 de novembro de 2011

A VOLTA DA SEREIA


Nei Duclós


Te outorguei eternidade, que não tinhas
morrendo em teu lugar para que vivas
depois voltei, por ser firme há tempos
como flor do abismo frente à maresia

Sou Sereia, que o alto mar esconde
canto para que a viagem se transforme
em vez de navegar, amor, se afogue
usufrua desse dom de eu ser só tua

Te afastas do ninho quando a dor é fuga
mas voltas para mim, albatroz arisco
tua terra à vista é o meu colar, marujo

Nele te enroscas, como doce criatura
quem te inventou, na forja das espumas
sabia que eras meu, deus nos acuda


RETORNO - Imagem desta edição: tirei daqui.

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