22 de janeiro de 2013

DISPERSA



Nei Duclós

Não penso em arte quando te penso
Mas arte é bem vinda a todo momento
estátuas de sal de arrependimento
pinturas da pele em moldura de gesso

Não posso esperar que passe o remorso
Preciso de ti antes do começo  
Não tenho motivo, talvez seja sorte
Tens só esse mundo de cores e formas

Sou parte da obra que crias dispersa
enquanto te peço o novo endereço
colocas no joelho o sol da promessa

A meta é a beleza, emoção que supera
qualquer aluvião desprovido de ouro
sou touro na arena onde sangra o poema



RETORNO – Imagem desta edição: foto enviada por Eliane Fogel.