21 de setembro de 2015

BALÃO





Nei Duclós

Quando o país perde o ar
o poema vem em socorro
Chega à frente do comboio
arte, criação, sonho

Voa quando se aproxima
Sereno balão na montanha
Apoio de verbo confuso
arqueologia marítima

Dá de beber ao beduíno
perfuma a flor que se fina
abre o alforje no abismo
põe asas onde há raízes

Poetas pousam na praia
que existe só por destino
cultivam brisa em desuso
surpresas de ventania



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