18 de julho de 2017

SOPRO DE FRENTE



Nei Duclós

Quando canso de pensar, faço o poema
Nã por ser obscuro ou obsceno
Que se alinhe ao vinho ou ao feno
Ou tenha preguiça e quer se recolher

Mas porque nele a palavra se apruma
Respira fundo antes das palestras
Faz exercício para entrar em cena
Escolhe o destino do verso perfeito

Esvazio a mente para que o verbo
Encontre ambiente ao levantar âncora
Navega, meu canto, no mar da poesia
Sopra de frente na rosa dos ventos


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